MENINA ALEGRE
Francisco
Miguel de Moura
Quando ela chega, me levanto em voo,
para o encontro que me pus à espera.
Quase sem corpo: A alma ensaia voos,
e toda, em laços soltos, se revela.
Por que na dança voa, vai sorrindo?
Anjo, porque revoa seus mistérios,
em volta e meia, no salão, rolando?
Quero abraçá-la devagar e breve.
Mas ela corre, em dança sufocante.
Ai, que bobagem me sentir um velho
inda capaz de amar sem ter amante!
Tudo isto me soma e me alimenta,
pois quando voa no salão dançando,
me faz dançar a alma, docemente.
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