Francisco Miguel de Moura*
Duro verão me afoga
No seu calor e sol.
Ouço o estalar de madeira
De móveis
Ouvem-se dúvidas
De nuvens sobre o sol
A descambar na tarde.
Levanto-me da cadeira,
Vou lá fora.
As mangas com sede,
O jardim murchou de vez.
De repente um vento norte
Sopra pingos e folhas
Em meu nariz e ouvido.
A natureza é viva,
Bole, bole.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.
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