CORAÇÕES PULSANTES
Francisco Miguel de
Moura*
Um pedaço da infância me
alucina:
Era um baixão plantado, o
morro atrás
da casa, alevantado para o
céu...
E o menino e a menina que
subiam,
Subiam sem saber quanto
subiam,
de braços, soltos para a nova
vida...
Iam subindo, sem olhar pra
trás,
O mundo que fugia nuns
suspiros
Em busca d’outra via e muito
mais.
Sorviam o licor da infância
finda,
A vida branca não queriam
mais.
O amor que é loucura, mas
gostosa
É a loucura do carinho e do
caminho
Desconhecido, é um chamego,
faz
Uma dor tão gostosa do mistério
Que a gente não esquece nunca
mais.
Os corações que pulsam,
pulsam tanto
Que se perdem na estrada e no
seu canto.
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*Poeta brasileiro, com
vários livros publicados, no Brasil e publicações em jornais e revistas no
exterior. Membro da IWA – International Writers and Artists Association, USA
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