EU
SEM OS OUTROS
Ao
poeta Mário Quintana
F.M.M. *
Depois de leituras vagas,
sinto o cheiro de almas
e de mundos perdidos.
E eu nem me preparei
com temores, terrores
de choros ressentidos.
Andei por noites fendidas
a dizer de toda a surdez,
à turba das águas e esgotos,
e ninguém, me
ouvir, quis.
É que o mundo
de mim nascia
ignorante à música dos gritos
e atritos.
Eles morreram de cansaço
e eu, de perdido, abri asas
enquanto renascia ao vivo
de minha alma sem olvidos.
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*Francisco
Miguel de Moura, poeta brasileiro
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