ABERTURA
Pra dizer
o que dentro me deplora
abandono a
linguagem lá de fora,
empurrando
as cancelas do roçado,
com mãos e
pés já sujos do passado.
Vejo o sol
com seu brilho nos meus olhos
e as nuvens
na poeira dos escolhos.
Ponho a enxada
e a foice em abandono
para gozar
a terra, já sem dono.
Assim fujo
sem dor e sem conflito,
ao apagar
de mágoas, num só grito.
E aí começa
a vida de minha alma,
e eu
escrevo e me vejo e bato palma.
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