CELSINHO - CELSO
PINHEIRO FILHO
Tito Filho*
Nasceu
e faleceu em Teresina (17.2.1914-23.2.1974). Pais: Celso Pinheiro e Liduina
Mendes Pinheiro. Curso primário no Grupo Escolar Teodoro Pacheco e o secundário
no Liceu Piauiense (hoje Colégio Estadual Zacarias de Góis). Aos 17 anos,
ingressou no Exercito Nacional, servindo no 1º Batalhão de Engenharia, Vila
Militar, Rio. Participou da revolução de São Paulo (1932), no lado das forças
do governo. Recebeu elogios. Promovido a sargento. Bacharel pela Faculdade de
Direito do Rio de Janeiro (1942). Casou-se em 1943 com Maria Rosa Pinheiro. Em
1945, ingressou no Partido Social Democrático, organização política de que
chefiou a Secretária da Comissão Diretora Nacional. Oficial de gabinete de
ministro do Trabalho no governo Eurico Gaspar Dutra. Em 1946, prefeito de
Teresina. No ano seguinte, delegado regional (RIO) de Serviço de alimentação da
Previdência Social. Oficial de gabinete do governador do território do Guaporé,
hoje Rondônia (1948), prefeito de Porto Velho (capital), secretário-geral do
governo e governador interino várias vezes. Em 1950, retorna ao Piauí para as
lutas da advocacia e a pesquisa histórica. Historiador ilustrado. Organizou a
obra literária de vários escritores piauienses mortos, num esforço cansativo e
tenaz.
Publicou
"História da Imprensa no Piauí", trabalho de fôlego, e estudos sobre
Hermínio Castelo Branco, José Coriolano de Sousa Lima e Teodoro Castelo Branco,
grandes poetas piauienses, depois do seu falecimento, publicou-se
"Soldados de Tiradentes", história da Policia Militar do Piauí, obra
que a sua filha Lina Celso Pinheiro completou.
Recebendo-o
na Academia, sessão de 19 de julho de 1973, o acadêmico Odilon Nunes afirmou:
"Assim, Celso Filho escreve história fazendo história, pois sua
contribuição vem enriquecer a historiografia piauiense, a que se incorpora de
modo definitivo".
A
seu respeito, em homenagem fúnebre, assim se expressou o acadêmico Celso Barros
Coelho: "A quem o observa na tortura dos seus membros encolhidos, parecia
que a sua imagem crescia à medida que o corpo definhava. Era uma imagem através
da qual se escondia o sofrimento para poder revelar tão somente o que realmente
são estava naquele corpo: a alma disposta a compreender, o coração batendo
pelas dores do mundo e o espírito inclinado a perdoar em nome da humanidade.
Quem assim vivia não podia, ao morrer, senão conservar a postura de um santo,
em cuja compassividade estava o retrato fiel da vida pautada pela resignação e
pela renúncia".
Celso
Pinheiro Filho foi um dos mais acatados e cultos advogados no Piauí.
Muito
o conheci e estimei. Ao tempo da prisão dos comunistas, Celsinho, como afetivamente
era tratado, padeceu torturas sem conta que o aleijaram. A princípio ainda
conseguia caminhar com dificuldade. O passar dos anos tiraram-lhe completamente
os movimentos das pernas. Tornou-se paralítico, mas sempre de animo forte e
corajoso. Deu grande incentivo à pesquisa histórica no Piauí.
********************
fonte
https://acervoatitofilho1.blogspot.com/2010/10/celsinho.html
A.
Tito Filho, 12/08/1988, Jornal O Dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário