A CASA DO POETA
Francisco Miguel de Moura*
Ficaria num alto, assim e assim...
A casa em que nasci... Era pequena
De taipa e telha, no alto da colina
De onde me vi nos bois e seus passeios.
E à noite, se acendesse a lua
cheia,
A estrada era tão branca e parecia
Um rio de águas claras me clareando
A baixada, na busca de outro rio.
Tinha um quarto, uma sala e uma rede
Para embalar-me no calor febril,
E a cozinha era a copa do segredo.
Não havia fachada. As telhas tortas,
Sujas, pretas do tempo e sol sem chuva...
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.
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