Como se fosse a
primeira
Francisco Miguel de Moura*
Não sei se ela me veio por primeiro
No afeto da menina que se
quer.
Está tão longe o tempo e seu
mister...
O pensamento é um grande
viajeiro.
Sei que era linda e tinha
gosto e cheiro
Diferente das outras. Nem
sequer
Nos beijamos. Porém, de
longe, o ser
Encontra o outro que o
completa, inteiro
Em juventude, em luz, em força
e mais,
Naquela idade em que se não
tem paz
Por causa do um hormônio que
atropela.
Sei que inda choro o ontem,
hoje, agora.
Tão diferente foi, quem joga
fora?
Como esquecer os olhos de
Arabela.
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* Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro
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